Jean Millet
"O novo é para nós, contraditoriamente, a liberdade e a submissão." (Ferreira Gullart)
Alfredo Bosi, no livro A Dialética da Colonização, apresenta o conceito de cultura a partir da etimologia do termo. Diz que as palavras cultura, culto, colonização derivam do verbo latino colo,... cujo particípio passado é cultus , e o particípio futuro é culturus. Acrescenta Bosi: “Colo significou, na língua de Roma, eu moro, eu ocupo a terra, e por extensão eu trabalho, eu cultivo o campo. Um herdeiro antigo de colo é íncola , o habitante; outro é inquilinus, aquele que reside em terra alheia. (...) colo é a matriz de colônia enquanto espaço que se está ocupando, terra ou povo que se pode trabalhar e sujeitar.”
Cultus é sinal de que a sociedade que produziu seu alimento já tem memória. Atribuía-se esse nome ao campo que já fora arroteado e plantado por gerações sucessivas de lavardores. Quanto a cultus, us; substantivo queria dizer não só o trato da terra como também o culto dos mortos, forma primeira de religião como lembrança, chamamento ou esconjuro dos que já partiram. Segundo Bosi , a terra onde repousam os antepassados é, assim, considerada solo do qual brota, a cada ano, magicamente, o sustento alimentício da comunidade.
Muniz Sodré também busca na etimologia um ponto de partida para se chegar a uma noção de cultura. Reforça que a palavra cultura, para os romanos, que significava colere, cultivar, sugere a noção de cultura animi (o ato de cultivar o espírito), uma auto-educação do indivíduo. Na Antiguidade, vemos o conceito de cultura com os dois sentidos principais que se mantém até hoje: o de culto, us, do cultivo, culto coletivo, da tradição/informação compartilhada, da memória, e o de cultura animi, do aprimoramento, elevação espiritual, refinamento interior e individual.
SAIBA MAIS!
Leia também o livro do professor e crítico Antonio Candido intitulado Literatura e Sociedade. Considero essa leitura fundamental para o entendimento da Literatura e Cultura Brasileira.
Alfredo Bosi, no livro A Dialética da Colonização, apresenta o conceito de cultura a partir da etimologia do termo. Diz que as palavras cultura, culto, colonização derivam do verbo latino colo,... cujo particípio passado é cultus , e o particípio futuro é culturus. Acrescenta Bosi: “Colo significou, na língua de Roma, eu moro, eu ocupo a terra, e por extensão eu trabalho, eu cultivo o campo. Um herdeiro antigo de colo é íncola , o habitante; outro é inquilinus, aquele que reside em terra alheia. (...) colo é a matriz de colônia enquanto espaço que se está ocupando, terra ou povo que se pode trabalhar e sujeitar.”
Cultus é sinal de que a sociedade que produziu seu alimento já tem memória. Atribuía-se esse nome ao campo que já fora arroteado e plantado por gerações sucessivas de lavardores. Quanto a cultus, us; substantivo queria dizer não só o trato da terra como também o culto dos mortos, forma primeira de religião como lembrança, chamamento ou esconjuro dos que já partiram. Segundo Bosi , a terra onde repousam os antepassados é, assim, considerada solo do qual brota, a cada ano, magicamente, o sustento alimentício da comunidade.
Muniz Sodré também busca na etimologia um ponto de partida para se chegar a uma noção de cultura. Reforça que a palavra cultura, para os romanos, que significava colere, cultivar, sugere a noção de cultura animi (o ato de cultivar o espírito), uma auto-educação do indivíduo. Na Antiguidade, vemos o conceito de cultura com os dois sentidos principais que se mantém até hoje: o de culto, us, do cultivo, culto coletivo, da tradição/informação compartilhada, da memória, e o de cultura animi, do aprimoramento, elevação espiritual, refinamento interior e individual.
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