O amor é o menino no tombadilho em chamas
tentando recitar “O menino estático
no tombadilho em chamas”. O amor é o filho
de pé, gaguejando estilo
enquanto o pobre navio incendiando vai a pique.
O amor é o menino obstinado, o navio,
mesmo os marinheiros nadadores, que
também prefeririam um pódio de sala de aula,
ou uma desculpa para ficar
no tombadilho. E o amor é o menino que se queima.
Elizabeth Bishop
Tradução de Horácio Costa.
São Paulo: Companhia das Letras, 1990