Cruzeiro Seixas
I
Para o Museu do Homem
1.
O tempo é uma pedra
amadurecida ao sol
das mãos, uma raiz
de gengibre germinando
no escuro.
Omnipresente,
a noite vela
o sono das sementes
e das larvas.
2.
E o homem, então,
olhou em seu redor
e disse
às árvores: eu sou
a folha maior.
E as aves
do crepúsculo fizeram
ninho na sua boca.
Albano Martins
'O Mesmo Nome'
II
Um leopardo
azul me conduz
pelo dorso da noite.
Albano Martins
'A Margem do Azul '
III
Esta é a margem
do azul. Nenhum
outro limite
reconheço ao sangue
Albano Martins
'A Margem do Azul '
Para o Museu do Homem
1.
O tempo é uma pedra
amadurecida ao sol
das mãos, uma raiz
de gengibre germinando
no escuro.
Omnipresente,
a noite vela
o sono das sementes
e das larvas.
2.
E o homem, então,
olhou em seu redor
e disse
às árvores: eu sou
a folha maior.
E as aves
do crepúsculo fizeram
ninho na sua boca.
Albano Martins
'O Mesmo Nome'
II
Um leopardo
azul me conduz
pelo dorso da noite.
Albano Martins
'A Margem do Azul '
III
Esta é a margem
do azul. Nenhum
outro limite
reconheço ao sangue
Albano Martins
'A Margem do Azul '