Dormir um pouco — um minuto, 
um século. Acordar 
na crista 
duma onda, ser 
o lastro de espuma 
que há no sono 
 das algas. Ou 
 ser apenas 
 a maré, que sempre 
 volta 
 para dizer: eu não morri, eu sou 
 a borboleta 
 do vento,  a flor 
 incandescente destas águas. 
 
 (Albano Martins)